domingo, 3 de fevereiro de 2008

O alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas alcoólicas.

O alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa. O alcoolismo pode potencialmente resultar em condições (doenças) psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte. O alcoolismo é um dos problemas mundiais de uso de drogas que mais traz custos. Com exceção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os países do que todos os problemas de consumo de droga combinados.

Apesar do abuso do álcool ser um pré-requisito para o que é definido como alcoolismo, o mecanismo biológico do alcoolismo ainda é incerto. Para a maioria das pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar um vício. Outros fatores geralmente contribuem para que o uso de álcool se torne em alcoolismo. Esses fatores podem incluir o ambiente social em que a pessoa vive, a saúde emocional e a predisposição genética.

O tratamento do alcoolismo é complexo e depende do estado do paciente.

Terminologia

Muitos termos são aplicados para se referir a uma pessoa alcoolista e ao alcoolismo. Existe muita controvérsia a esse respeito, entretanto é consenso que:

1) Alcoolismo é uma doença.

2) O alcoólatra pode apresentar prejuízos relacionados com o uso de álcool em todas as áreas da vida (prejuízos físicos, mentais, morais, profissionais, sociais, entre outros).

3) O alcoolista perde a capacidade de controlar a quantidade de bebida que ingere, uma vez que vence a ingestão (dependência química).



Efeitos fisiológicos do alcoolismo

O consumo excessivo de álcool leva a uma degradação do etanol em etanal pelo fígado, fato que consome NAD+ formando NADP. Na segunda reação para a formação de acetato também há consumo de NAD+ e formação de NADP, dessa forma o ciclo de Krebs (dependente de NAD+) é diminuído pela falta de NAD+, aumentando portanto o metabolismo anaeróbico das células, o que irá produzir mais ácido lático no organismo. Esse excesso de ácido lático no organismo compete com a excreção de urato contribuindo para o aumento de ácido úrico no sangue, o qual irá precitar em articulações gerando uma doença conhecida como gota.

Estatísticas

* acomete de 10% a 12% da população mundial e 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país;
* a incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que entre as mulheres;
* a incidência é maior entre os mais jovens, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, declinando com a idade;
* o álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas;
* de acordo com a última pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) entre estudantes do 1º e 2º graus de dez capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados, estando bem à frente do tabaco. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade.

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Alcoolismo é encarado como automedicação.
Vítimas de depressão e ansiedade procuram alívio na bebida

Alcoólatras não conseguem parar

Você é do tipo que não dispensa uma cervejinha nos finais de semana? Bebe goles a mais nos happy hours da empresa? Será que está virando um dependente da bebida? Melhor responder com calma, porque não é nada simples diferenciar o bebedor comum do alcoólatra (ou alcoolista).
O que define o alcoolismo é a perda de controle no padrão de consumo das bebidas
Achou estranho? Mas é isso mesmo: de acordo com os especialistas, nem sempre quem bebe demais é um alcoólatra. "O dependente é aquele que pretende beber um determinado tanto, mas não consegue parar" , explica o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp, de São Paulo, especialista em dependência química.

Sintomas

É aí que a compulsão pela bebida torna-se um dos sintomas mais evidentes da doença. Somados a isso, o alcoólatra pode ser identificado quando passa a deixar relações profissionais e afetivas em segundo plano; demora mais tempo para ficar embriagado, pois começa a se acostumar com o efeito do álcool, além de apresentar tremores e alucinações.

Fatores de risco

O fator genético, quando há incidência de casos de alcoolismo em parentes próximos, a depressão, ansiedade e problemas familiares são considerados os principais desencadeadores da doença.

"Está comprovado que o componente genético existe. Mas não é possível medir qual é seu peso como fator de risco" , diz Silveira. No entanto, especialistas afirmam que ele é menos decisivo do que a personalidade e as influências do ambiente. (fortaleça a sua auto-estima e fuja dos efeitos nocivos da falta de amor próprio)

Em uma pesquisa feita pelo psiquiatra na Unifesp, ele demonstrou que, em um grupo de 100 dependentes, 77 já tinham ansiedade ou depressão antes de se tornarem alcoólatras. Essas pessoas procuram no álcool uma forma de automedicação, seja para relaxar ou sentir prazer , explica.

Doença: doses cada vez mais fortes

O problema pode aparecer em qualquer faixa-etária, mas atinge com mais freqüência jovens entre 20 e 30 anos. O estudante Carlos começou a beber aos 13 anos de idade. "Antes de ir para as aulas do cursinho pré-vestibular, aos 17 anos, meu café-da-manhã era um copo de vódka" , relembra.

Hoje Carlos está com 24 anos e sóbreo há um ano e meio. Mas a ficha demorou a cair. Foram longos anos, investidas em outras drogas e uma internação com tratamentos (sem uso de remédios) antes da consciência bater. A reeducação no seu modo de viver é algo fundamental. "Nem a salada que eu como é temperada com vinagre" , conta (existem muitas formas de incrementar uma salada, veja qual a sua favorita).

Depressão é um forte gatilho

Tratamentos

O alcoolismo é, por definição, uma doença crônica e que pode dar origem a outras inúmeras complicações para o dependente. A lista de problemas é enorme, considerando não apenas os associados ao alcoolismo, como a depressão.

O próprio uso abusivo da bebida acarreta uma série de graves transtornos, como a cirrose alcoólica (inflamação crônica do fígado), pancreatite alcoólica(inflamação do pâncreas), hepatite, gastrite, hipertensão, problemas no coração e síndrome de abstinência, que pode levar o paciente à morte.

Para quem quer dar um basta na embriaguez existem terapias, substâncias que provocam mal-estar em contato com o álcool, homeopatia, e medicamentos. As drogas podem ter dois princípios: tirar a vontade de encher o copo ou eliminar o prazer de degustar um drinque. Mas o que conta muitos pontos a favor do alcoólico é a velha e boa força de vontade (podemos aquilo que queremos? acompanhe a reflexão do nosso colunista) .

Desde que saiu da clínica de reabilitação, Carlos freqüenta religiosamente, ao menos uma vez por semana, as reuniões do Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos. "Nosso lema é Só por Hoje . Os grupos de apoio são importantes porque o convívio com os nossos semelhantes, com dramas parecidos, nos fazem lembrar o tempo todo que temos uma doença incurável que vai nos acompanhar para o resto da vida, mas que pode ser controlada. Nossa forma de encarar isso é viver um dia de cada vez" , explica.

Copo na medida certa

Veja qual é o patamar máximo recomendado de ingestão de bebidas alcoólicas para não correr o risco de desenvolver o alcoolismo (os rótulos indicam o teor alcolólico da bebida, aprenda a decifrá-los).

Mulheres: 8 doses por semana
Homens: 12 doses por semana

Não se deve beber mais de 3 doses de uma só vez -- quantidade que varia de acordo com a bebida, como apresentamos abaixo:

1 dose de uísque ou 45 ml
1 lata de cerveja ou 350 ml
1 taça de vinho ou 170 ml


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